Andreia Garcia
Curadora
Ana Neiva e Diogo Aguiar
Curadores Adjuntos
Fertile Future expressa o entendimento de “O Laboratório do Futuro”, tema geral proposto por Lesley Lokko para a 18.ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia 2023, que convoca para além de um conjunto de temas urgentes, um modo de fazer. O “Laboratório do Futuro” impele a que, também metodologicamente, se dê corpo a um programa exploratório, simultaneamente claro e complexo, assente em dinâmicas laboratoriais e colaborativas.
O título da proposta apresentada sublinha o caráter especulativo da representação da arquitetura portuguesa ambicionando contribuir para o desenho de Futuros mais justos, mais inclusivos, mais equitativos e mais diversos, mas também mais Férteis, anunciando um amanhã mais verde, imaginativo, generoso, abundante, positivo, produtivo, responsável, feminino e plural.
O programa proposto por Fertile Futures, defende a dimensão laboratorial do projeto de arquitetura em diálogo com outras áreas disciplinares, e a capacidade de se avançar procurando imaginar o futuro, reclamando o contributo do discurso multidisciplinar, no desenho de soluções para questões emergentes que tendem a ultrapassar o singular domínio da ação de arquitetas e arquitetos. Discutindo e propondo estratégias para a gestão, reserva e transformação de água doce e contribuindo para uma discussão que é comum e global, Fertile Futures problematiza a escassez e gestão deste recurso, a partir do território português.
Apostando na complementaridade estratégica entre a prática, a teoria e o ensino em arquitetura, define-se uma abordagem tripartida à experimentação e reflexão comum: sete Oficinas de Projeto, cujo trabalho é o corpo da exposição propositiva em Veneza; cinco Assembleias de Pensamento, momentos de (re)aprendizagem recíproca assente na coexistência entre saberes; e um Seminário Internacional de Verão onde estudantes ensaiam coletivamente instalações especulativas.
Oficinas de Projeto
Expandindo a existência efémera de uma representação nacional em Veneza, Fertile Futures envolverá as novas gerações no desenvolvimento de soluções para reservatórios de futuro, a partir do contacto próximo com sete hidrogeografias, exemplares da ação antropocêntrica sobre recursos hídricos, naturais e finitos.
Provocam-se jovens ateliers de arquitetura a trabalhar com especialistas de outras áreas disciplinares, a partir de laboratórios de projeto. Com base em estratégias de inovação e mediação, que procuram compreender a realidade a diferentes escalas, permite-se a imaginação comum de cenários mais positivos e também se fomentam outros modos de fazer arquitetura.
A partir do envolvimento local com as especificidades das hidrogeografias territorialmente dispersas, as soluções propositivas em desenvolvimento nas Oficinas de Projeto ambicionam promover formas de ação global, assim como a discussão de novos modos de operar à escala do território, tanto quanto na pequena na escala.
O trabalho desenvolvido pelas sete equipas de arquitetura e especialistas ocupa as sete salas expositivas do Palazzo Franchetti. No salão central, uma linha de água organiza o espaço e os seus fluxos a partir de um gesto que evoca as dimensões simbólicas e metafóricas, numa experiência sensorial e emocional.
Assembleias de Pensamento
Apoiando e ampliando o trabalho desenvolvido pelas equipas das Oficinas de Projeto, Fertile Futures conta com um grupo de consultores e consultoras, provenientes de diferentes áreas disciplinares e de uma expressiva abrangência territorial, constituindo um independente laboratório de pensamento que informa e auxilia a construção de visões arquitetónicas especulativas de justiça social, ambiental e climática, de forma ativa e participada, fomentando o desenvolvimento das práticas multidisciplinares.
As Assembleias de Pensamento, multi-situadas, entre Portugal e Veneza, permitem acompanhar, suportar e expandir toda esta experiência, complexificando e enriquecendo a abordagem temática, tanto quanto contribuindo para “traçar um caminho para o público”, envolvendo a comunidade local, portuguesa e internacional, na discussão do tema central proposto. São consultores e consultoras: Álvaro Domingues, Ana Tostões, Andres Lepik, Francisco Ferreira, Luca Astorri, Margarida Waco, Marina Otero, Patti Anahory, Pedro Gadanho e Pedro Ignacio Alonso.
Seminário Internacional de Verão
A consciencialização temática, a experiência colaborativa e o entendimento de um campo de ação expandido são partilhados no Seminário Internacional de Verão. A “deslocação temporária” de estudantes de arquitetura, provenientes de diversificados contextos, para o Fundão, tem como objetivo a partilha horizontal do saber, através da “experiência direta” e da oportunidade de estabelecer novos diálogos.
O Fundão integra a lista de oito cidades portuguesas incluídas na Missão da União Europeia para Adaptação às Alterações Climáticas. O município é um território profundamente afetado pela escassez de água e pela agricultura superintensiva, palco de incêndios e desertificação, sendo, simultaneamente, representativo de investimentos na inclusão social e vertente tecnológica em expansão pelo interior.
Com a tutoria das equipas das Oficinas de Projeto e a participação de estudantes nacionais e internacionais, selecionados por convocatória aberta e reforçada por parcerias institucionais, a intervenção materializa-se na autoconstrução de instalações espalhadas pelo território desenvolvendo estratégias para captação, fixação, fruição e/ou redistribuição da água no concelho do Fundão. O Seminário Internacional de Verão ambiciona sensibilizar as futuras gerações para modos alternativos de fazer arquitetura, favorecendo o lastro e o futuro do projeto Fertile Futures para além do tempo da exposição.
Perante questões comuns e transversais, Fertile Futures defende que um laboratório não pode apresentar resultados conhecidos à partida e, por isso, articulando com outras áreas disciplinares, defende a produção de investigações especulativas, apresentadas sob a forma da palavra e do desenho, para uma exposição que pensa um futuro fértil, sustentável e equitativo, a apresentar na 18.ª Exposição Internacional de Arquitetura — La Biennale di Venezia 2023. Em síntese, Fertile Futures reitera a capacidade transformadora de uma exposição de arquitetura, enquanto plataforma de produção de conhecimento.
Curadora
Andreia Garcia
Andreia Garcia é arquiteta, curadora,
editora, investigadora e professora
universitária. O seu percurso tem-se definido
por uma prática de arquitetura que amplia o
cruzamento disciplinar com áreas complementares.
Os seus interesses focam-se na prática
contemporânea da arquitetura numa era marcada
por fortes avanços tecnológicos e uma progressiva
crise ecológica. É fundadora do atelier
Architectural Affairs, fundadora e diretora da
Bienal de Conhecimento Art(e)facts e co-fundadora
da Galeria de Arquitetura, espaço independente
de reflexão e debate sobre arquitetura, cidade e
território. Foi Professora Auxiliar Convidada na
Escola de Arquitetura da Universidade do Minho
e studio tutor na Architectural Association, em
Londres. É Professora Auxiliar e Vice-presidente
da Faculdade de Engenharia da Universidade da
Beira Interior.
Curadores adjuntos
Ana Neiva
Ana Neiva é arquiteta, professora,
investigadora e doutorada pela Faculdade
de Arquitetura da Universidade do Porto. É
Professora Auxiliar convidada da FAUP desde 2013,
Professora Auxiliar da FCAATI-ULP e Vice-diretora
do Centro de Estudos em Arquitetura ARQ.ID da
Universidade Lusófona. É membro fundador do
grupo de investigação Narrativas do Projeto
Educativo em Arquitetura do CEAU-FAUP. Participa
regularmente como autora em congressos e
conferências internacionais e na organização
de eventos científicos. A sua investigação
centra-se na curadoria de arquitetura e na
expansão do campo disciplinar para os territórios
da arte, sociedade, saúde e bem-estar.
Diogo Aguiar
Diogo Aguiar é arquiteto, licenciado pela
FAUP (2008). Foi co-fundador de LIKEarchitects
(2010–2015), selecionados para a Representação
Oficial Portuguesa na Bienal de Arquitetura
de Veneza de 2014. Em 2016 estabelece Diogo
Aguiar Studio, um atelier multidisciplinar
que trabalha entre as fronteiras da arte e da
arquitetura, selecionado para a Representação
Oficial Portuguesa na Bienal de Arquitetura de
Veneza de 2018. É co-fundador e co-curador da
Galeria de Arquitetura, um espaço independente
de reflexão e debate sobre arquitetura, cidade
e território. Foi co-curador do programa de
Arquitetura na Bienal de Arte Contemporânea
da Maia (2019), Professor Auxiliar Convidado
no Mestrado em Arquitetura no ISCTE-IUL (2020-
2021) e Professor Assistente Convidado no
Mestrado em Arquitetura na FAUP (2021–2022).
Oficinas de Projeto
Bacia do Tâmega
Space Transcribers
Space Transcribers é uma organização
coordenada pelos arquitetos Daniel Duarte
Pereira e Fernando P. Ferreira que explora
modos de investigar, representar e imaginar
o ambiente construído de forma colaborativa.
A sua metodologia assenta em investigações
imersivas dos lugares e comunidades em
que atuam, através de ações de mediação
e transcrição site-specific que diluem as
fronteiras entre a arte e a arquitetura. Esta
organização sem fins lucrativos, sediada
em Braga desde 2015, desenvolve projetos de
investigação em colaboração com entidades
públicas sobre diferentes temas e contextos
do território português, tais como processos
de transformação da paisagem agrícola, na
sua relação entre o avanço tecnológico e a
gestão de recursos hidrográficos e de solo,
ou em situações de conflito socioespacial
em processos de regeneração urbana.
Álvaro Domingues
Álvaro Domingues é geógrafo, doutorado
em Geografia Humana pela Faculdade de
Letras da Universidade do Porto em 1994.
Desde 1999 é docente do Mestrado Integrado
e do Curso de Doutoramento e também
membro do Conselho Científico da Faculdade
de Arquitectura da Universidade do Porto e
membro correspondente da Academia de Ciências
de Lisboa. Como investigador do Centro de
Estudos de Arquitectura e Urbanismo (CEAUFAUP),
tem desenvolvido uma atividade regular
de investigação e publicação no âmbito de
projetos com a Fundação Calouste Gulbenkian,
Fundação Ciência e Tecnologia, Fundação de
Serralves, Fundação Francisco Manuel dos
Santos, entre outros. No CEAU-FAUP a sua
atividade centra-se na Geografia Humana,
Paisagem, Urbanismo e Políticas Urbanas.
DOURO INTERNACIONAL
Dulcineia Santos Studio
Dulcineia Santos Studio é um atelier de
arquitetura fundado em 2018 por Dulcineia
Neves dos Santos e têm-se afirmado por um
corpo de trabalho radicado na experimentação
e cruzamentos interdisciplinares. No âmbito
do projeto Fertile Futures, Dulcineia Santos
Studio cria o Laboratório Douro Internacional,
uma equipa e lugar da investigação alargado
à colaboração do arquiteto, professor
e investigador Frederico Moncada, do
sustainable venture builder Georges Lieben e
da artista, arquiteta e investigadora Ivana
Sehic, como forma de promover respostas
informadas e colaborativas.
Dulcineia Neves dos Santos é arquiteta pela
Faculdade de Arquitectura da Universidade
do Porto (2007), estagiou em Paris com
Lacaton & Vassal (2005–2006) e trabalhou com
Herzog & De Meuron em Basileia (2009–2017).
Foi Assistente Convidada pela Faculdade de
Arquitectura da Universidade do Porto, é
co-autora e co-editora de diversos projetos
e publicações independentes no âmbito
da cultura Arquitetónica e Fotográfica,
maioritariamente sob a chancela da Pierrot
le Fou, entidade que co-fundou em 2012.
João Pedro Matos Fernandes
João Pedro Matos Fernandes é licenciado
em Engenharia Civil pela FEUP e mestre em
Transportes pelo IST. Foi técnico da CCRN
(1990–1995), Adjunto do Secretário de Estado
dos Recursos Naturais e Chefe de Gabinete
do Secretário de Estado Adjunto da Ministra
do Ambiente (1996–1999), Administrador
da Quaternaire Portugal (1999–2005),
Administrador e Presidente do Conselho de
Administração da APDL (2008–2012), Gestor
no Porto de Nacala (Moçambique 2012–2013),
Presidente do Conselho de Administração da
empresa municipal Águas do Porto (2014–2015).
Foi Ministro do Ambiente, Ministro do Ambiente
e da Transição Energética e Ministro do
Ambiente e da Ação Climática (2015–2022).
Atualmente é Professor Catedrático Convidado
na Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e consultor no Instituto do Conhecimento.
MÉDIO TEJO
Guida Marques
Guida Marques é mestre pelo
Departamento de Arquitetura da Universidade
de Coimbra com a dissertação Por uma
arquitetura dos sentidos (2011), e mestre pela
Faculdade de Belas-Artes da Universidade
de Lisboa (2016-18), onde fazia performances
em lugares marginais que a faziam repensar
como se construíam lugares com memória.
Atualmente é neo-rural, artista mixed media,
política e arquiteta de província que faz
da arquitetura um emaranhado de coisas e
sobretudo a cuida como um processo de cura,
a cura da memória e a cura do futuro. Faz
performance art sobre esses processos de
arquitetura, da reconstrução de um lugar, com
amor pelas ruínas e é ativista na defesa do
meio rural, da floresta, das nascentes, dos
rios, dos animais, da agricultura biológica,
do xisto e todas as demais tradições.
Érica Castanheira
Érica Castanheira é licenciada em
Engenharia do Ambiente pela Escola Superior
Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra,
mestre em Energia e Gestão do Ambiente pela
Universidade de Aveiro e doutorada em Sistemas
Sustentáveis de Energia pela Universidade
de Coimbra. É vice-presidente do Instituto
Politécnico de Coimbra e Professora Auxiliar
Convidada da Universidade de Coimbra.
Desenvolve investigação na área da avaliação
da sustentabilidade de ciclo de vida de
produtos, da pegada de carbono e hídrica
de produtos agroalimentares e bioenergia.
Destaca-se o trabalho de co-criação com
o Department of Landscape Architecture
– Harvard Graduate School of Design,
que desenvolve soluções para o aumento da
resiliência dos territórios afetados pelos
incêndios de 2017 em Arganil, valorizando
e promovendo a arquitetura enquanto
ato artístico e vetor de inovação
e de sustentabilidade ambiental.
ALBUFEIRA DO ALQUEVA
Pedrêz
Pedrêz foi fundada em 2020, no Porto, por
Matilde Cabral e Francisco Fonseca a partir
da fusão do estúdio de desenvolvimento de
moda Fashion Office e a oficina de arquitetura
experimental Skrei, com trabalhos presentes
em instituições como a Fundação Calouste
Gulbenkian, Universidade de Columbia, Royal
Academy of Arts, Bienal de Arquitetura de
Veneza (2018) e Trienal de Design de Istambul
(2020), entre outras. Pedrêz surge como
uma oficina de investigação aplicada nas
áreas da ecologia sistémica e subsistência
habitacional, tendo como projetos em curso:
Cápsulas, designadas por unidades nómadas
periurbanas off-grid; Studere Sativa, um
estúdio multidisciplinar para o estudo e
desenvolvimento de construções em materiais
cultiváveis com particular enfoque no
cânhamo; e Air-Water-Land Unit, investigação
aplicada sobre autossuficiência hídrica
e geoengenharia territorial.
Aurora Carapinha
Aurora Carapinha é arquiteta paisagista
e doutorada em Artes e Técnicas da Paisagem
pela Universidade de Évora, onde é professora
auxiliar no Departamento de Paisagem,
Ambiente e Ordenamento. Diretora do curso
de Doutoramento de Arquitetura Paisagista
da Universidade de Évora e investigadora do
Centro de História de Arte de Investigação
Artística. Desde 1996 é docente convidada
do Curso de Especialização em Conservação
e Restauração de Monumentos e Conjuntos
Históricos na Universidade Federal da Baía,
Brasil e foi Membro do Conselho Consultivo
do IPPAR. Demonstra uma grande preocupação
com e devoção a questões ambientais, que
trata frequentemente em colaboração com
a Fundação Calouste Gulbenkian.
PERÍMETRO DE REGA DO RIO MIRA
Corpo Atelier
Corpo é um atelier de arquitetura e
arte fundado em 2014 por Filipe Paixão, no
Algarve. O atelier baseia a sua prática na
exploração e expansão dos elementos da
anatomia arquitetónica pela prática do
desenho e redesenho. A condição territorial
da geografia algarvia informa fortemente
a resposta projetual do atelier, tanto na
sua vertente construída, como na vertente
geográfica e as materialidades próprias que
esta proporciona, fazendo uso de invenção e
ironia para subverter lógicas vernaculares
em atitudes contemporâneas. Em 2020 foi
galardoado pelo Archdaily como uma das 20
melhores jovens práticas e editou no mesmo
ano Anatomias Possíveis, um livro que contém
um conjunto de pensamentos, imagens de
desenhos e maquetes prooduzidos desde
o início do atelier.
Eglantina Monteiro
Eglantina Monteiro vive e trabalha
em Castro Marim, é antropóloga e ativista
para as questões ambientais. Foi professora
convidada de Antropologia de Arte (FBAUP)
e de Antropologia Cultural na Universidade
do Algarve. Em 2008 co-fundou a Companhia
das Culturas, um projeto desenvolvido em
torno de um monte do barrocal algarvio. Foi
co-curadora da exposição Memória da Amazónia
– Expressões de Identidade e Afirmação
Étnica (Manaus, 1997), que gerou o primeiro
grande debate sobre a devolução de objetos
ameríndios musealizados aos descendentes
daqueles que os produziram. Realizou a
curadoria da exposição O retorno do Mundo
– Memória e Vertigem (Porto, 2017), sobre o
pomar de sequeiro no Barrocal e Beira-serra
algarvios, estabelecendo conexões entre
artistas, cientistas ou poetas, reiterando
as implicações das diferentes estruturas
do conhecimento sobre as transformações
globais do planeta.
LAGOA DAS SETE CIDADES
Ilhéu Atelier
lhéu é um atelier de arquitetura jovem
e insular, localizado na ilha de São Miguel,
fundado por Rita Sampaio e Afonso Botelho
Santos. A prática assenta na reflexão sobre o
lugar e em referências além-mar, e traduz-se
numa arquitetura que celebra a cor, os
materiais, e as narrativas do seu contexto.
As ideias são exploradas e expressas com
curiosidade e entusiasmo, através de um
processo de desenhos, colagens e maquetes
de diferentes escalas, a partir do qual se
investigam os materiais e as possibilidades
espaciais e formais de uma arquitetura
contemporânea que pretende ser a portadora
da memória e identidade do lugar.
João Mora Porteiro
João Mora Porteiro é licenciado em
Geografia e Planeamento Regional pela
Universidade Nova de Lisboa e doutorado em
Geografia pela Universidade dos Açores, onde
desenvolve a sua atividade profissional
de docente e de investigador desde 1990.
Tem como áreas de interesse o ordenamento
do território em espaços insulares, a
gestão de recursos hídricos, as alterações
climáticas, a conservação da natureza e a
geografia regional, numa ótica transversal,
com ênfase nas dinâmicas transformativas
das paisagens açorianas. Para além da
produção científica e da atividade docente
universitária, tem participado em diversos
projetos I&D e prestações de serviços,
contemplando mais de 40 estudos concluídos,
suportados por financiamentos europeus,
regionais e autárquicos. É membro do Centro
de Investigação em Biodiversidade e Recursos
Genéticos (CIBIO InBio – Açores).
RIBEIRAS MADEIRENSES
Ponto Atelier
Fundado em 2016 por Ana Pedro Ferreira
e Pedro Maria Ribeiro, o trabalho do Ponto
Atelier consiste num campo dinâmico
de experimentação de projetos e ideias
construídas entre a memória do passado
e o desenho contemporâneo. Mudam-se para o
Funchal após ganharem o 1.o
Prémio do concurso
Duas casas nas Ilhas Selvagens e
integram a equipa do Gabinete da Cidade.
Em 2021, ganham o prémio FAD na categoria de
instalações efémeras com o pavilhão INBETWEEN,
Açores. Entre 2014 e 2021 foram professores
convidados na Universidade de Évora, DAue
e ISCTE; e tutores nos workshops W.A.V.E, IUAV
Veneza e Summer School Moytirra (Açores). Em
2022 integraram a exposição The Young New
com curadoria de André Tavares, na Garagem
Sul. Recentemente, em colaboração com CLAB
Architettura e Angelo Renna, ganharam o
concurso público internacional Corso Libertà
— Freiheitsstrasse (Merano, Itália).
Ana Salgueiro
Ana Salgueiro é doutoranda em Estudos
de Cultura na Universidade Católica
Portuguesa, mestre em Literaturas Africanas
de Língua Portuguesa e licenciada em
LLM-Estudos Portugueses pela Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa.
Investigadora integrada no CECC-UCP (Lisboa)
e colaboradora no CEHA-AV e no UMa-CIERL
(Funchal). É coautora e coordenadora da
Revista TRANSLOCAL – Culturas Contemporâneas
Locais e Urbanas e o seu trabalho tem-se
ocupado sobretudo dos sistemas culturais da
Macaronésia Lusófona, abordando questões
como: o exílio e a mobilidade humana,
cultural e textual; as implicações entre
cultura e poder; a relação entre fenómenos
culturais, imaginários e fenómenos naturais;
e o papel dos discursos artístico e académico
nas sociedades contemporâneas.
Curadora
Andreia Garcia
Curadores Adjuntos
Ana Neiva
Diogo Aguiar
Organização
Ministério da Cultura de Portugal
Pedro Adão e Silva, Ministro da Cultura
Comissariado
Direção-Geral das Artes
Américo Rodrigues, Director-Geral
Oficinas da Hidrogeografia
– BACIA DO TÂMEGA
Space Transcribers
Álvaro Domingues
– DOURO INTERNACIONAL
Dulcineia Santos Studio
João Pedro Matos Fernandes
– MÉDIO TEJO
Guida Marques
Érica Castanheira
– ALBUFEIRA DO ALQUEVA
Pedrêz
Aurora Carapinha
– PERÍMETRO DE REGA DO RIO MIRA
Corpo Atelier
Eglantina Monteiro
– LAGOA DAS SETE CIDADES
Ilhéu Atelier
João Mora Porteiro
– RIBEIRAS MADEIRENSES
Ponto Atelier
Ana Salgueiro
Consultores
Álvaro Domingues
Ana Tostões
Andres Lepik
Francisco Ferreira
Luca Astorri
Margarida Waco
Marina Otero Verzier
Patti Anahory
Pedro Gadanho
Pedro Ignacio Alonso
DESENHO EXPOSITIVO
Diogo Aguiar Studio com Andreia Garcia e Ana Neiva
Produção Executiva e Comunicação (DGARTES)
Catarina Correia
Maria João Ferreira
Sofia Isidoro
Direção de Produção
João Terras
ON-SITE PRODUCTION
João L. Moreira
Edição e Comunicação
Patrícia Coelho
IMPRENSA
Greta Ruffino, The Link PR
Identidade Visual e Design Gráfico
And Atelier
Website
Sara Orsi
Traduções
Claudia Ricciuti
Fran Seftel com Russell Shackleford, Anabel Goulart
Kennis Translations, S.A
MONTAGENS
OTT ART
PUBLICAÇÃO
EDITORES
Andreia Garcia
Ana Neiva
Diogo Aguiar
PUBLICADO POR
Architectural Affairs
Coordenação Editorial
Andreia Garcia
Patrícia Coelho
Design Gráfico
And Atelier
Traduções
Fran Seftel
Russell Shackleford
Anabel Goulart
PRODUÇÃO EDITORIAL
Forward Consulting
IMPRESSÃO
Gráfica Maiadouro
APOIOS
PARCEIROS ESTRATÉGICOS
Câmara Municipal do Fundão
Casa da Arquitectura
Trienal de Arquitectura de Lisboa
PATROCINADORES DA EXPOSIÇÃO
panoramah!
O/M Light
CIN
Valchromat
PARCEIROS INSTITUCIONAIS
Instituto Camões
Embaixada de Portugal em Itália
Aicep Portugal Global
Câmara Municipal de Faro
Câmara Municipal do Porto
Governo Regional da Região Autónoma da Madeira
Direção Regional dos Assuntos Culturais – Governo dos Açores
Theatro Circo
Fundação Serra Henriques
PARCEIROS DE ACOLHIMENTO
gnration
Porta 33
PARCEIROS EDITORIAIS
Canal 180
E-flux
Umbigo
PARCEIROS DE COMUNICAÇÃO
ArchDaily
RTP – Rádio e Televisão de Portugal
Público
COLABORAÇÃO INSTITUCIONAL
Universidade da Beira Interior
Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto
Fundação Marques da Silva
APOIO ESPECÍFICO
Abreu
Decer
Sogrape
PARCEIROS INTERNATIONAL SUMMER SCHOOL
Câmara Municipal do Fundão
Erasmus+
Universidade da Beira Interior
Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto